domingo, 24 de agosto de 2008

Vídeo Memórias do Cativeiro

Dados retirados do site do LABHOI: http://www.historia.uff.br/labhoi , onde há links para para ver o vídeo na íntegra.


Memórias do Cativeiro (filme documentário, historiográfico e educativo, 40’).
Produção: LABHOI/UFF (2005) Apoio: CNPq, FAPERJ.
Coordenação Geral e Roteiro: Hebe Mattos
Direção e Montagem: Guilherme Fernandez e Isabel Castro.
Direção Acadêmica: Hebe Mattos e Martha Abreu, com a colaboração de Carlos Eduardo Costa, Fernanda Thomaz e Thiago Campos Pessoa.
Baseado no livro “Memórias do Cativeiro: família, trabalho e cidadania no pós-abolição” de Ana Lugão Rios e Hebe Mattos (RJ: Civilização Brasileira, 2005).


O filme Memórias do Cativeiro é um produto cultural sem fins lucrativos do LABHOI-UFF desenvolvido com base nos depoimentos orais de camponeses negros nascidos nas antigas áreas cafeeiras do sudeste brasileiro nas primeiras décadas do século XX, descendentes de antigos escravos chegados da África na região durante a primeira metade do século XIX, gravados por diferentes pesquisadores em fita K7 entre 1988 e 1998 e depositados no arquivo oral do Laboratório de História Oral e Imagem da Universidade Federal Fluminense (LABHOI/UFF). O filme edita o som dos depoimentos a partir de coincidências narrativas sobre a memória da escravidão e sobre a experiência familiar dos depoentes ao longo do século XX e entrecruza seus significados com imagens de época da escravidão e da abolição no sudeste cafeeiro. A intertextualidade entre estes dois suportes de memória, o depoimento e a imagem de época, compõe a base do roteiro que orientou a confecção do filme. A esta base, associamos filmagens de novas entrevistas com os depoentes moradores no Quilombo São José, no município de Valença/RJ e de lugares de memória da cultura material e imaterial ligada ao “tempo do cativeiro” e à cultura do café no Vale do Paraíba (fazendas, senzalas, apresentações de jongo etc). O resultado é um filme que associa cinema de arquivo com a linguagem do filme documentário, para contar a história da última geração de escravos do mundo rural fluminense e dos caminhos de seus descendentes ao longo do século XX, bem como da força da memória familiar e da cultura negra entre eles. O filme tem obtido excelente receptividade, especialmente de professores do ensino médio e fundamental preocupados com a implementação do ensino de história da África e da cultura afro-brasileira.

Nenhum comentário: